Olá, tudo certo? Um álbum amado por uns e odiado por outros. É a minha definição de "Drama", paulada do clássico grupo britânico Yes, lançado em agosto de 1980. A grande diferença em relação aos outros discos dessa grande banda é a ausência de Jon Anderson e Rick Wakeman. Talvez eu goste desse disco pelo fato de ter sido o primeiro do Yes que eu ouvi. Nunca fui muito ligado em Yes, pra dizer bem a verdade. Minha banda progressiva sempre foi o Pink Floyd. Porém, certo dia, fui presenteado por um tio (Inácio, que os deuses do Rock o tenham) com um LP. Capa esquisita e meio tosca, pensei na hora. Mas estava lá a estampa tradicional: Yes. Então, pensei, bóra, deve ser bom, é Yes, cara! Com meu toca discos National funcionando, coloquei a "bolacha" para rodar e, eis que tive contato com um grande som. Num primeiro momento pensei que se tratava de Anderson nos vocais, mas, pelo pouco que eu conhecia, sofri alguns momentos, mas concluí que não era ele: era Trevor Horn. Trevor fez um belo trabalho e, com ele, se juntou ao Yes o tecladista Geoff Downes. Os dois eram de uma banda chamada The Buggles. É um disco muito interessante, com arranjos inteligentes, melódicos e precisos. A guitarra de Steve Howe tem aquela velha pegada e pura técnica conhecida. Chris Squire e Alan White eram os outros membros que permaneceram para a produção de "Drama". O CD ou LP abre com "Machine Messiah", que é uma pauleira desde o início, quando parece que uma tormenta se aproximará e tudo torna o ambiente poderoso com a entrada de todos os instrumentos. "White Car" é uma das canções mais curtas que eu gosto e termina antes de ficar enjoativa, pois, na sequência, "Does It Really Happen?" chega quebrando tudo com o baixo inconfundível de Squire, com riffs de teclado, guitarra, e um arranjo divertido. O "baixão" de Squire aparece mais uma vez em "Into the Lens", que tem uma introdução que gera um sentimento de expectativa para o que virá, ou que verá: "I am a Camera!".
Por fim, temos "Run Through the Light", que explora muito bem os sintetizadores e os vocais agudos de Trevor e, ainda, "Tempus Fugit", que talvez seja a principal atração "comercial" de "Drama", com uma pegada bem roqueira, que encerra esse grande e famigerado disco. Não é, de longe, a produção mais popular para os fãs da banda. Mas vale a pena ouvir várias vezes, pois "Drama" realmente te leva para outros mundos na carona da criatividade desses caras. Infelizmente, para variar, não há esta peça em catálogo brasileiro. Mas encontrá-lo também não é uma tarefa assim tão complicada. Como dica, vocês podem fazer o que eu fiz. Adquiri este álbum em CD na Galeria do Rock, em São Paulo, a Meca brasileira do Rock and Roll. Cultura, música e gastronomia também! O título "Drama" talvez seja o mais apropriado para o momento que o Yes passava no início dos anos 80. Mas se fosse uma comédia, talvez não seria tão boa.
Curiosidades: em "Run Through the Light", Chris Squire toca o piano elétrico, e o Trevor Horn é quem toca o baixo fretless. E "Tempus Fugit" foi feita a partir dos constantes atrasos do Squire para chegar nos ensaios (Tempus Fugit = O Tempo Foge).
Este álbum não tem aquela pegada tão Prog dos discos anteriores, mas é legal pelo registro da própria transição do Yes em direção ao que foi feito na década de 80/90, moldados pelo sucesso comercial. Foi uma virada profunda em termos estéticos, que divide a comunidade de fãs do Yes até hoje!
Curiosidades: em "Run Through the Light", Chris Squire toca o piano elétrico, e o Trevor Horn é quem toca o baixo fretless. E "Tempus Fugit" foi feita a partir dos constantes atrasos do Squire para chegar nos ensaios (Tempus Fugit = O Tempo Foge).
ResponderExcluirEste álbum não tem aquela pegada tão Prog dos discos anteriores, mas é legal pelo registro da própria transição do Yes em direção ao que foi feito na década de 80/90, moldados pelo sucesso comercial. Foi uma virada profunda em termos estéticos, que divide a comunidade de fãs do Yes até hoje!
Grande presença, Jean! Obrigado pelas informações e curiosidades. É um baita disco! Continue acessando! Grande abraço!
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