Alô, galera, tudo certo? Eis que li hoje uma matéria do Jornal "O Globo" intitulada: "Japão, bastião da resistência do CD". Segundo explica a reportagem, "enquanto as vendas de CDs despencam ao redor do planeta, no Japão elas cresceram 9% no ano passado, após 13 anos consecutivos de queda, e continuaram em alta no primeiro trimestre de 2013". A matéria utiliza como exemplo o faturamento da "Tower Records", empresa que quebrou nos Estados Unidos, mas, que na "terra do sol nascente", está em expansão. E, amigos, chega a ser paradoxal, pois não existe lugar na Terra com mais acesso à tecnologia virtual do que no Japão. É algo que me deixa otimista quanto ao futuro. No Japão, as pessoas compram CDs e compram LPs. E as redes de lojas que comercializam esses materiais físicos não apenas expõem esses discos nas prateleiras, mas promovem eventos como, por exemplo, um simples apertar de mão do artista ao fã, ou a distribuição de brindes especiais a cada disco vendido. Gente, é sobre isso que tenho tentado me comunicar com vocês durante todo esse tempo. Ouvir música vai além de simplesmente escutar de "maneira fria". Comprar um CD ou LP é entrar em contato com o artista de modo físico, algo que se perdeu atualmente. Qual a graça em "baixar" mil músicas num pequeno aparelho "gelado" sem a garantia de que irá ouvir todas as faixas e, muito menos, buscar a origem desses sons? Nada como comprar um disco e curtir metodicamente sua capa, seus encartes, seu histórico e quem o criou. E o prazer de simplesmente entrar numa loja de discos e curtir toda aquela variedade, sem o compromisso de comprar, mas com a possibilidade de encontrar algo realmente diferente e depois retornar à loja e adquirir a peça. A invenção da gravação foi um marco para a sociedade. Como diz o autor Walter Benjamin no seu famoso texto "A Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica", após a reprodução, a aura de uma obra de arte se perdeu, mas a arte tomou um novo rumo democrático com novas possibilidades. O disco é a reprodução para milhares, milhões, de uma organização de pensamentos e melodias das mentes dos artistas. Hoje em dia é muito fácil piratear, baixar e tal. Já baixei muitas músicas sim. Assisto e procuro muitas coisas diferentes no You Tube sim, senhores. Mas uso tudo isso como ferramenta para filtrar, catar, procurar e encontrar motivos que me façam ir a uma loja e comprar um disco. Porém, a grande maioria vai além do uso desses recursos como ferramentas práticas. Quem sabe aqui no Brasil estejam faltando leis rigorosas que, assim como no Japão, são fundamentais para esses números positivos nipônicos. O problema é que legislação no Brasil é algo tão distante e desacreditada para nós, meros mortais, que nos resta apenas um otimismo utópico. Claro, a grande desculpa são os preços. Concordo. Os preços dos discos são realmente elevados para a realidade brasileira, mas aí entra a legislação também. Porém eu garanto que, se alguém quiser procurar, é possível achar discos realmente muito bons por preços interessantes. O que importa na sua coleção não é quantidade, mas qualidade. Eu continuo comprando CDs. E vocês?
A capa do Segundo Caderno do Jornal "O Globo" é uma reprodução da Monstro Discos, que também chama atenção para essa ideia.
Aqui o Link da Matéria do Jornal "O Globo": "Japão, bastião da resistência do CD"
Que os Deuses do Rock fiquem com Vocês!
Show!
ResponderExcluir