Comprovadamente Buenos Aires é cidade para ser visitada mais de uma vez. A capital da Argentina é cheia de atrações de todos os tipos. É um lugar que transpira cultura. Em cada canto vemos alusões a ídolos do país como Gardel e Evita. Bandeiras azuis e brancas, com o Sol no centro, estão espalhadas. Em Buenos Aires os argentinos e os estrangeiros desfrutam de incontáveis casas de café, livrarias e "disquerías". Casas de tango e tango nas ruas, não importa, sempre ocorre algum tipo de atração dessa marca registrada dos "hermanos". Buenos Aires respira, vive futebol. Maradona é rei, mas há uma legião de outros imperadores que ajudaram a construir uma gloriosa história de 2 títulos mundiais. Buenos Aires também é Punk. Buenos Aires também é Heavy Metal. Buenos Aires também é Rock and Roll! Ah, apaixonante és tu, Buenos Aires.
Pois, meus amigos, quero compartilhar com vocês minha rápida visita a essa capital do mundo. Como foi a minha primeira viagem, obviamente me dediquei a conhecer os principais pontos turísticos, tais como: Casa Rosada, Plaza de Mayo, Obelisco, Caminito, La Bombonera, Monumental de Núñez, Puerto Madero, Rio da Prata... Conhecedor da paixão dos argentinos pelo velho R&R, fui na busca de preciosidades e, já adianto, não me arrependi. O rock na Argentina, saibam, é como uma religião. Diferentemente do Brasil, o rock é infinitamente mais cultuado. Enquanto no Brasil foram poucas as bandas que realmente se destacaram ou tiveram espaço, ao contrário, na Argentina existiram muitas e, até hoje, há uma rica divulgação daquilo que acontece no mundo do rock "porteño". Declarações já sabidas de artistas consagrados afirmam existir uma energia específica nos argentinos.
A prova disso são os vários shows históricos que aconteceram em BA ao longo da história e que comprovam tudo isso, toda essa magia. Não estou querendo menosprezar o Brasil por ser menos roqueiro do que a Argentina. Só estou constatando que, o acontece em cada país, é relativo a sua cultura. O Rio Grande do Sul, por exemplo, se identifica muito com os povos argentino e uruguaio. Com a miscigenação do Rio Grande ao longo dos anos, obviamente a diversidade cultural se espalhou. Mas algumas características básicas nos relacionam com eles. O fato de sermos gaúchos, de bebermos mate. As danças e as músicas tradicionalistas mantém essa chama pampeana interligada entre nós. Ao longo dos anos o rock do Rio Grande se notabilizou com o surgimento de grandes bandas como TNT, Cascavelletes, Engenheiros do Hawaii e Replicantes. Júpiter Maçã lançou nos anos 90 a obra prima "A Sétima Efervescência", que foi eleita o melhor disco de rock do RS e é disputado a tapa por colecionadores por sua raridade. O rock do Rio Grande é respeitado e, talvez, seja o melhor feito no Brasil. Essa é mais uma semelhança que temos com os Argentinos. Mas enfatizo que lá a produção é infinitamente maior e bastante qualificada.
A prova disso são os vários shows históricos que aconteceram em BA ao longo da história e que comprovam tudo isso, toda essa magia. Não estou querendo menosprezar o Brasil por ser menos roqueiro do que a Argentina. Só estou constatando que, o acontece em cada país, é relativo a sua cultura. O Rio Grande do Sul, por exemplo, se identifica muito com os povos argentino e uruguaio. Com a miscigenação do Rio Grande ao longo dos anos, obviamente a diversidade cultural se espalhou. Mas algumas características básicas nos relacionam com eles. O fato de sermos gaúchos, de bebermos mate. As danças e as músicas tradicionalistas mantém essa chama pampeana interligada entre nós. Ao longo dos anos o rock do Rio Grande se notabilizou com o surgimento de grandes bandas como TNT, Cascavelletes, Engenheiros do Hawaii e Replicantes. Júpiter Maçã lançou nos anos 90 a obra prima "A Sétima Efervescência", que foi eleita o melhor disco de rock do RS e é disputado a tapa por colecionadores por sua raridade. O rock do Rio Grande é respeitado e, talvez, seja o melhor feito no Brasil. Essa é mais uma semelhança que temos com os Argentinos. Mas enfatizo que lá a produção é infinitamente maior e bastante qualificada.
Dedicarei os próximos posts no Epifânicos e Anônimos para falar de algumas grandes bandas que gravaram discos excepcionais à altura de grupos ingleses e krautrocks. Uma das vantagens dos argentinos em relação ao Brasil é que as coisas, no caso discos, sempre chegaram antes ao conhecimentos dos fãs e colecionadores. A guitarra, a psicodelia, o metal e o punk são totalmente presentes no cotidiano de grande parte da população. Portanto vou falar e, mais do que nunca, indicar uma quantidade considerável de artistas que farão vocês, leitores, se renderem de vez ao rock argentino. Falarei primeiramente sobre Norberto Anibal Napolitano, o famoso Pappo. Foi considerado o maior guitarrista da história da Argentina. "El Carpo", como também era conhecido, integrou uma das bandas mais importantes não só da Argentina, mas da América Latina, a poderosa Riff. Depois integraria outra banda fantástica: Aeroblus. Em seguida vocês vão conhecer a excelente banda progressiva Sui-Generis, o "rockão" da Almendra, a maluca Aquelarre e a bluseira Manal que, ao lado da Almendra e do Los Gatos, é conhecida como uma das fundadoras do rock argentino, precursora do blues em castellano.
Mas antes vou passar algumas dicas para quem for visitar Buenos Aires na busca de "venenos". Atualmente o país passa por uma crise econômica que desvaloriza sua moeda, o peso argentino. Para se ter uma ideia, muitos estabelecimentos aceitam dólares americanos e reais, isso mesmo, reais. 1 real = 3,25 pesos (cotação em 18/02/2014). Portanto as coisas são bem mais acessíves para brasileiros, isto é, os preços são interessantes e é possível fazer muitas coisas com poucos reais no bolso. Comprar CDs na Argentina é muito mais barato do que no Brasil. Então se você for a Buenos Aires para isso, certamente voltará com a mala mais pesada. Para se deslocar pela cidade é muito simples. Existe uma grande linha de trens subterrâneos em boa parte de BA. A desvantagem é que fecha cedo, por volta das 22h30, mas a passagem é barata, pouco mais de 2 pesos. As linhas de ônibus duram 24h e também têm preços acessíveis. Mas como o real está com um valor interessante, vale a pena andar de táxi, principalmente se a sua viagem for num período mais curto. Como em qualquer outro país existem as famosas bandeiras com as variações de valores de acordo com o período. De dia, por exemplo, o taxímetro arranca com 11 peso (3,38 reais). Eu recomendo levar consigo uma quantia semelhante daquela que foi investida na viagem, até por questão de segurança. Mas com esses bons valores e bom senso, não gastei nem a metade do que tinha na carteira e, mesmo assim, a viagem de 4 dias que fiz foi muito proveitosa. Dizem que é bom "abrir o olho" com os taxistas. Porém dificilmente vocês se darão conta das voltas desnecessárias que muitos motoristas fazem e dos "trocos" que poderão arrancar dos seus bolsos. Negócio é estar preparado, sem neurose. Voando pela Aerolineas Argentinas, os turistas brasileiros pousam no Ezeiza ou no Aeroparque Jorge Newbery. Recomendo que o câmbio seja feito em casa especializadas dos aeroportos (ou bancos), pois é mais seguro. E é interessante obter, sempre que possível, notas menores de 100 pesos, por exemplo, pois há muitos problemas para a obtenção de troco em alguns estabelecimentos e principalmente em táxis. Uma boa ideia é trocar uma nota mais alta no próprio hotel que vocês estejam ou comprar algo de menor valor numa farmácia.
Existem muitos cafés espalhados por Buenos Aires. Uma dica que dou é deixar o café do hotel (quando houver) para o último dia e aproveitar as delícias culinárias de estabelecimentos como o Café Tortoni, que fica na Av. de Mayo 825, numa região bem central da cidade. A quantidade de comida é tão grande que se pode dispensar o almoço. O que chama atenção é que, ao lado de cada cafeteria, geralmente existe uma livraria ou uma banca de jornais próxima. Não é a toa que os argentinos são considerados um povo culto. Geralmente os turistas ficam hospedados em hotéis na região do centro. Então só ali existem diversos pontos turísticos que devem ser conhecidos como o Obelisco, que fica no cruzamento entre as avenidas Corrientes e 9 de Julho. Outros lugares obrigatórios e maravilhosos são o Puerto Madero, Casa Rosada, Calle Florida e a Recoleta (onde há o Cemitério da Recoleta, que é uma obra de arte por causa da arquitetura, local da sepultura de Evita Perón).
E para quem gosta de futebol os templos sagrados obrigatórios são a Bombonera, casa do Boca Juniors, e o Monumental de Nuñez, estádio do River Plate, palco da final da Copa de 1978, vencida pela Argentina. Ambos clubes possuem incríveis museus que contam as respectivas histórias. Mas o melhor de todos, sem dúvida, é o museu do River. Nele existe um túnel do tempo que retrata não só a história do clube, mas da nação argentina e do mundo desde 1901, ano de nascimento do River.
E por fim, onde comprar discos? Buenos Aires tem algumas ótimas "disquerias", que é o termo em espanhol. Se a viagem for curta, recomendo a "disqueria" que fui: Oid Mortales. É umas das casas de discos mais tradicionais da Argentina, fundada em 1983. É muito parecida com as casas que temos em Porto Alegre. E tem uma variedade bastante grande de artistas de rock de várias partes do mundo, com destaque para os grupos argentinos. A Oid Mortales fica na Av. Corrientes, 1145, Galeria Arte, loja 17.
O que a Oid tem de pequena, a Livraria Ateneu tem de pomposa. Localizada na Av. Santa Fe 1860, a Ateneu é um antigo teatro que foi transformado numa enorme livraria. O local por si só vale a viagem devido à beleza de sua estrutura interna. Além da enormidade de obras literárias, existe um departamento especializado em discos, onde encontrei ótimo acervo. A fachada e o interior da livraria resumem algo que tem de especial na cidade, a preservação de prédios históricos. Assim como existem muitas casas de Tango, existe um bom número de casas especializadas em Rock. Infelizmente, pela falta de tempo, apenas conheci a fachada de um museu argentino dedicado aos Beatles, o Museo Beatle, que fica na Paseo La Plaza, Av. Corrientes 1660. Esse será ponto de visita na próxima oportunidade, com certeza.
E em BA também existe uma franquia do famoso Hard Rock, com seu ambiente típico e muitas guitarras de roqueiros famosos assinadas por Eric Clapton, Jimmy Page e Bob Dylan, todas expostas aos visitantes.
Então é isso, meus amigos, essas foram apenas algumas recomendações que faço de Buenos Aires. Espero que tenham gostado e que a visitem em breve. Certamente irão gostar muito e digo que vale realmente. As duas últimas dicas que passo são: 1 - pesquisem sobre o país. 2 - façam um roteiro para organizar o tempo, que é precioso.
A partir das próximas semanas o Epifânicos e Anônimos continuará sua viagem pela Argentina, com muito Rock And Roll! E confiram, em breve, a primeira resenha deste apanhado especial com o disco "Pappo With Deacon Jones - July 93 Los Angeles". Gracias!
Que os Deuses do Rock fiquem com Vocês!
O texto deixa qualquer um com vontade de conhecer urgente essa fantástica cidade! Parabéns!
ResponderExcluir:)
ResponderExcluir